A Alemanha

Na Alemanha a guerra destruiu quase metade do patrimônio edificado,colocando em grave risco o desenho geral dos cenários urbanos. A reconstrução precipitada, foi apoiada em uma multidão de planos urbanisticos e de edificações,sacrificando o rigor intelectual a um critério de convenção e viabilidade executiva. A fórmula do espaço aberto, povoado de volumes soltos tornou-se dominante e no modernismo os volumes tornaram-se independentes nos limites dos lotes.

A projeção espacial abandonou o suporte tranquilizador da integração a paisagem natural e encarou a degradação dos valores urbanos.As documentações sobre as cidades alemãs antes de 1940, comparadas as atuais, levam a pensar em uma verdadeira perda de identidade,vinculada com o passado da guerra.Somente a geração seguinte,que cortou esses vinculos com o passado, livrou-se dos sentimentos e dos preconceitos e tentou fazer as pazes com a realidade.

Os vazios das destruições e seus preenchimentos apressados nas primeiras décadas do pós guerra,perpetuam a nostalgia do passado e a incerteza do presente. Depois da guerra, a qualidade medíocre das novas projeções renova a nostalgia de uma geração inteira de talentos arquitetônicos,os maiores que a Alemanha já teve dispersos e depois mortos:Walter Gropius, Bruno Taut, Ludwig Mies van der Rohe, Marcel Breurer, Ernst May e muitos outros.

As experiências atuais buscam ênfase,na conservação dos edificios existentes, como fraguementos da história, preservando  e quando possivel reconstruindo a planta da cidade, recuperando sua estrutura a favor de um tecido urbano compósito.

Hoje as cidades a lemãs são pontos de rarefação,em uma paisagem altamente integrada, que no seu conjunto parece ter saída ilesa das catástrofes, pela beleza e seu suporte natural,pela distribução razoável dos novos edificios e pelo cuidado com os detalhes. O planejamento territorial é o orgulho da nova Alemanha.